30 outubro 2007

"Sexo e Arte. Há três mil anos havia menos tabus?"

«Sexo e Arte. Há três mil anos havia menos tabus?
26.10.2007, Alexandra Prado Coelho
Uma exposição em Londres e um debate em Lisboa servem de pretexto para discutir a sexualidade na Antiguidade e tentar perceber o que aconteceu entre os frescos de Pompeia e os quadros de Jeff Koons com Cicciolina.

Estava-se no final do século XVIII e o Museu Nacional Arqueológico de Nápoles não sabia o que fazer aos objectos com imagens sexualmente explícitas - e eram muitos - que os arqueólogos iam encontrando nas escavações da cidade romana de Pompeia, destruída pela erupção do Vesúvio em 79. Decidiu, por fim, colocá-los num "Gabinetto Segreto", só acessível a "pessoas de idade madura e moral respeitável".

Se excluirmos uma breve abertura no final dos anos 60, este gabinete secreto (uma espécie de peep-show, há quem diga hoje) só foi aberto ao público no ano 2000 - e mesmo actualmente é preciso comprar um bilhete extra para entrar.
Será que a arte erótica de Pompeia ainda nos choca? Era o mundo antigo mais liberal no que diz respeito à sexualidade? Ainda não sabemos dizer exactamente o que é arte e o que é pornografia? Há hoje mais tabus? Ou já não há tabus? O debate regressou por causa da exposição Seduced: Art and Sex from Antiquity to Now, que inaugurou este mês no Barbican, em Londres (onde fica até 27 de Janeiro).
São 250 obras de arte (uma de um português, Julião Sarmento) que percorrem um período de 2000 anos, dos vasos gregos onde se vêem homens e mulheres (ou homens e homens) a ter relações sexuais, a Blowjob, filme feito em 1963 por Andy Warhol, passando por um pequeno quadro de Picasso emprestado pelo Metropolitan Museam of Art de Nova Iorque, sobre o mesmo tema do filme de Warhol e sintomaticamente chamado La Douleur (1903), ou pelos quadros de Jeff Koons com a sua ex-mulher, a antiga actriz de filmes porno Cicciolina. "Queremos que Londres não pense em mais nada senão em sexo durante três meses", disse ao Guardian Marina Wallace, uma das comissárias da exposição.

A prostituição em Roma

Em Portugal, vários professores universitários juntaram-se também para, durante um período mais modesto, de apenas três dias, não falarem de mais nada se não de sexo. Num colóquio que termina hoje na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, especialistas de várias áreas da História discutiram A Sexualidade no Mundo Antigo, num debate do qual podem sair respostas a algumas das questões levantadas pela exposição de Londres.
A vida sexual na Roma antiga, por exemplo, tinha tão poucos tabus como parece nas séries de televisão? "A prostituição não era propriamente elogiada, aliás quem a exercia estava na base da pirâmide social, mas era vista como totalmente necessária", explica Nuno Simões Rodrigues, da Universidade de Lisboa, que, no colóquio, falou precisamente sobre Os submundos da sexualidade em Roma. "As matronas, senhoras da aristocracia, muitas vezes mantinham as escravas como prostitutas, ganhando dinheiro para elas próprias, e tendo os maridos, os filhos ou os pais como clientes."
A distinção entre as senhoras respeitáveis e as que não o eram baseava-se num tabu mais de natureza social do que sexual. "Tinha que haver as mulheres sobre as quais não existia suspeita em relação à paternidade dos filhos, as que dão aos homens os filhos legítimos", diz Simões Rodrigues. Essa é a razão por que o adultério era tabu - "não tanto por causa do sexo, mas pelas consequências que o acto tinha para a comunidade". Por isso, conta, houve mesmo matronas que, acusadas de adultério, pediram para ser inscritas junto do edil como prostitutas. "Apesar de ser uma queda de estatuto social, isto mostra que o estigma não era assim tão grande."
Um dos grandes tabus da actualidade - a pedofilia - não fazia, aparentemente, parte das preocupações dos romanos antigos. Simões Rodrigues recorda que, no Satyricon, Petrónio relata uma festa em casa de uma matrona que, para divertir os convidados, organiza como espectáculo a iniciação sexual de uma menina de sete anos.

Homossexualidade tabu

Havia, contudo, outros tabus. Se o sexo com prostitutas ou prostitutos não era mal visto - os escravos eram apenas objectos sexuais - já a homossexualidade entre dois "homens livres" era duramente condenada, porque implicava "usar como elemento passivo um homem de nascimento livre", levantando também aqui uma questão mais de natureza social do que sexual.
A ideia, por outro lado, de que a homossexualidade masculina era perfeitamente aceite pelos gregos antigos - e lá estariam os vasos para o provar - pode ser um mito que fomos construindo, como muitos outros relativos à sexualidade dos antigos, afirma Frederico Lourenço. Foi isso, aliás, que explicou na sua intervenção sobre Homossexualidade masculina e cultura grega. "A intolerância existia na Grécia antiga como existe hoje. E tinha muito a ver com a ideia de que o homem que se demite do seu papel de homem não merece respeito, o que também está ligado à visão negativa em relação às mulheres." Tal como em Roma, também na Grécia existia legislação condenando os homens livres que "desempenhassem um papel passivo" na relação sexual.
O amor, sobre o qual Platão escreve, entre um homem mais velho e um rapaz mais novo, era rodeado de grande pudor. "Mesmo nas representações na cerâmica, as posições sexuais tinham que ser não penetrativas, de respeito pela integridade física", e a expectativa era de que esses jovens viessem a casar e a ter uma família. Os gregos antigos, defende Frederico Lourenço, "não compreenderiam aquilo a que chamamos hoje homossexualidade".

O mito da Mesopotâmia

Apesar de as imagens de Pompeia terem ido parar a um gabinete secreto - ou talvez por causa disso -, o mundo ocidental alimentou sempre uma série de mitos, mais ou menos exóticos, em relação à sexualidade no mundo antigo. Um exemplo é a célebre "prostituição sagrada" na Mesopotâmia, entre o terceiro e o primeiro milénio antes de Cristo. Afinal, explica Maria de Lurdes Palma, da Universidade de Lisboa, há muito mais dúvidas do que certezas. Sabe-se que havia um ritual de casamento entre dois deuses ou entre um deus e uma mulher, mas essa tradição acabou por se misturar com o relato do grego Heródoto, segundo o qual todas as mulheres tinham que, uma vez na vida, ir para o Templo e ter relações sexuais com o primeiro estranho que passasse. "É daí, dessas duas ou três linhas escritas por Heródoto, que surgem todas as teorias sobre a prostituição sagrada, mas trata-se de conjecturas", diz Maria de Lurdes Palma.

Também aí, na sociedade suméria, os interditos são sobretudo de natureza social. "Se a mulher comete adultério, sofre sanções porque saiu da esfera do controlo do marido. É mais isso que está em causa do que um julgamento moral. O poder patriarcal não pode ser posto em causa." Tal como na Grécia, as mulheres têm um estatuto claramente inferior. Maria de Fátima Silva, da Universidade de Coimbra, reconhece que, em termos legais, era assim na sociedade grega, mas lembra a Lisístrata, comédia de Aristófanes, recentemente recuperada a propósito da guerra do Iraque. Aí, as mulheres "conduzem uma espécie de revolução feminina em que, pela greve ao sexo, obrigam os maridos a fazerem a paz". Foi nessa Grécia patriarcal que surgiu uma ideia como esta, sublinha Maria de Fátima Silva: as mulheres possuem uma arma que é o sexo e com ela podem dominar a agressividade masculina.

E, no entanto, contrapõe Luís Manuel de Araújo, egiptólogo da Universidade de Lisboa, foram os gregos que vieram introduzir "uma certa boçalidade" nas imagens de "erotismo recatado, inteligente", que era o dos egípcios antigos. O sexo estava também muito presente no Egipto Antigo, pelo menos é o que nos dizem as imagens gravadas em templos e túmulos, as representações de deuses com grande potência sexual "que dialogam com faraós e reis numa familiaridade despida de preconceitos".


"O erotismo egípcio", explica, "não privilegia muito a imagem da mulher nua, prefere cobri-la com linho transparente, ou tecido molhado colado ao corpo". Quando a influência grega começa a fazer-se sentir, no século VII a.C., "acaba-se o refinamento e os egípcios começam a despir as suas deusas", e as cenas de erotismo passam "a jogar mais com o irónico do que com o erótico".

Antes e depois de Cristo

No Antigo Egipto, o sexo não podia ter uma carga negativa, porque "os exemplos vinham de cima, dos deuses". É, aliás, um deus criador, Atum, que forma a Terra a partir da masturbação, diz Luís Manuel de Araújo.
Esta ideia de divindades com vida sexual (e bastante activa) desaparece com o monoteísmo. E "a noção do pecado surge [na Mesopotâmia] com os semitas, 1700 ou 1800 anos antes de Cristo", afirma Maria de Lurdes Palma. Houve realmente, como diz o historiador de arte John R. Clarke, citado pelo Telegraph a propósito da exposição de Londres, "um mundo antes do cristianismo, antes da ética puritana, antes da associação da vergonha e da culpa com o acto sexual"?
"A experiência cristã corresponde, de facto, a um corte", admite o teólogo José Tolentino Mendonça, da Universidade Católica, a quem coube no colóquio da Faculdade de Letras falar sobre A Sexualidade no Novo Testamento. Mas, acrescenta, não no sentido que estaríamos à espera. "A mensagem cristã, na sua origem, não legisla directamente sobre os dois grandes interditos", os alimentares e os sexuais. Não há, no Novo Testamento, "um interesse em legislar sobre a sexualidade".


Com o cristianismo, defende Tolentino Mendonça, a própria noção de corpo é reinventada e "trabalha-se a ideia de que existe um corpo individual". Se compararmos "o catálogo dos vícios que aparece em São Paulo com os que existiam em escolas como a dos estóicos ou dos cínicos, percebemos que São Paulo não é o "castrador de serviço", mas que, no contexto do mundo antigo, é capaz de olhar para a corporalidade de uma forma que integra a sexualidade no projecto humano".

Quanto à vergonha e à culpa, são conceitos que vêm do Antigo Testamento (Adão e Eva expulsos do Paraíso e subitamente envergonhados por estarem nus), "não são invenções cristãs". "Claro que há leituras legalistas e moralistas, que se tornam sufocantes", admite, mas na narração bíblica "as palavras procuram guardar uma enorme abertura". "A sexualidade é a expressão do segredo mais radical, a sua linguagem mais funda, mais íntima", pelo que "recusar esse pudor é diminuir a expressão poética do próprio amor".

Talvez seja este o ponto certo para regressar à exposição de Londres. Kate Bush, responsável pelas galerias de arte do Barbican, citada pelo Times, afirma que a exposição tem uma "definição muito ampla" do que é a experiência sexual: "Auto-erotismo e fetichismo estão incluídos. Pedofilia e imagens violentas estão definitivamente excluídas. O sexo não é só entre duas pessoas; pode ser com objectos ou ideias". O que choca ou não choca é discutível, claro. "As fronteiras de cada um são individuais."
Não há gabinetes secretos - mas a exposição é só para maiores de 18 anos.»


Esta notícia foi copiada integralmente do site do jornal Público, notícia essa que foi publicada a 26/10/2007 pela jornalista Alexandra Prado Coelho. Acho que isto não é crime mas se for avisem-me por favor. Postei isto porque acho que é uma reflexão interessante.

Todas as imagens foram tiradas da net.À excepção da última são todas da Wikipédia./All pictures were taken from internet.

Beijinhos e abraços pra todos.

16 outubro 2007

Para pensar...

Olá meus queridos leitores.

Recebi isto no correio electrónico há vários meses e hoje ao lê-los achei que seria interessante postá-los.

Para quem passa a vida a discutir o sexo dos anjos, sim porque deve ser mais fácil discutir o sexo dos anjos, sobre quem é melhor o homem ou a mulher cá vai:

O Talmud é um livro judeu, onde se encontram condensados todos os depoimentos, ditados e frases pronunciadas pelos Rabinos através dos tempos.

Tem um que termina dizendo o seguinte:
"Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas
lágrimas.
A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da
cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual....
...debaixo do braço para ser protegida, e do lado do coração para ser amada".

Dá que pensar...



Agora outro que também me chegou por correio electrónico e fala sobre apreciar o momento presente. Cá vai :

"O monge e filósofo Budista Vietnamita, Thich Nhat Hanh, escreve sobre como apreciar uma boa chávena de chá, numa interessante reflexão acerca do momento presente:

Temos que estar totalmente despertos no presente para apreciar o chá.
Apenas com a consciência no presente, as nossas mãos podem sentir o agradável calor da chávena.
Apenas no presente podemos apreciar o aroma, sentir a doçura e saborear a delicadeza.
Se estamos a ruminar sobre o passado ou preocupados com o futuro, perdemos por completo a experiência de apreciar a chávena de chá. Olharemos para a chávena e o chá terá já terminado.
A vida é assim. Se não estamos totalmente no presente, quando olharmos à nossa volta esta terá desaparecido.
Teremos perdido a sensação, o aroma, a delicadeza e a beleza da Vida.
Parecerá ter passado a correr por nós.
O passado terminou. Aprendamos com ele e deixemo-lo ir. O futuro ainda não está aqui.
Planeemos, sim, mas não gastemos o tempo a preocupar-nos com ele.
A preocupação é uma perda de tempo.
Quando pararmos de ruminar sobre o que já aconteceu, quando pararmos de nos preocupar com o que poderá nunca vir a acontecer, então, estaremos no momento presente.
Só então começaremos a experimentar a alegria de viver...

Fonte Desconhecida."

Isto é para vos deixar a pensar pois nos próximos 5 a 6 dias não vou poder cá vir como tal cá fica algo pra vós lerdes e pensardes que tanta falta faz a todos nós e que imenso bem nos faz.

PS: A todas as meninas e/ou mulheres que não se importarem por favor escrevam-me para o meu mail com a explicação sobre sutiãs. As medidas, como escolher um para a nossa mais que tudo, o que existe no mercado modelos, desportivos...e tudo o demais que acharem interessante. Quero fazer uma postagem sobre isso já que pelos vistos no passado domingo fez cem anos o sutiã e gostava de escrever sobre isso mas não sei muito e acho que era interessante os homens também saberem um pouco da roupa feminina.

Imagens tiradas da internet./All pictures were taken from internet.

Abraços e beijinhos a todos

08 outubro 2007

"Cara a cara és igual?"


Olá malta.

Mais uma vez com grande prazer cá estou eu para mais uma postagem.

Um dia destes enquanto ia à conta de correio electrónico associada a este blog deparo-me com um comentário muito interessante na postagem Férias, praia e areia que se segue:

"rakel*leoah* disse...

falas com as palavras todas e isso e surpreendente pois não e qualquer pessoa que é assim... eu adoro ver um homem de tanga ou de fio,e então se for na praia melhor... assim tem o rabinho bem bronzeado....na praia e muito bom.... mas com areia e horrível.... gostei muito de ler tudo isto.... escreveste... mas numa conversa cara a cara és igual?... e que esse e o defeito de muitos homens... beijo da leoah"

Devo admitir que achei o comentário fabuloso principalmente a sinceridade da pessoa que o deixou com a pergunta que fez, de tal modo que resolvi fazer esta postagem que se segue.

Eu tenho 24 anos como se pode ver no meu perfil e como tal já tenho alguma experiência dada pela idade não muita é certo mas alguma, e já tive oportunidade de experienciar coisas bem desagradáveis na vida que me fizeram ver as coisas de outro modo e acima de tudo crescer imenso. Na altura dói, de certeza que sim porque as pessoas conseguem ser o animal mais injusto que existe à face da Terra, o que me entristece imenso mas que eu sei ser algo que não posso mudar sozinho, antes posso dar a minha contribuição para que isso mude e é o que tento fazer com todos os defeitos que possa ter, e que de certeza tenho.

Quando comecei este blog fi-lo por uma necessidade pessoal de desabafar e acima de tudo de poder falar abertamente sobre assuntos que a sociedade tanto rejeita e de que tanto tem medo. Sinceramente não sei porque isto assusta tanto a sociedade se no fim de contas lá bem no fundo nós não somos mais que resultado do SEXO. Sempre me detive a pensar o que nos assusta tanto nisso mas nunca consegui entender porquê. Sinceramente é algo que devo admitir que me ultrapassa largamente..

Não sei o que assusta tanto a Humanidade na sua sexualidade mas a verdade é que assusta. Às vezes perco-me a pensar e tentar descobrir o que de tão mal se possa ver naquilo que bem lá no fundo nos pôs a todos neste mundo, o tal mal amado SEXO, mas realmente não consigo.

Não sei sinceramente se isto foi introduzido pelo cristianismo, se por alguém que dentro do cristianismo o quis denegrir com o intuito de afastar as pessoas dessa religião. Não sei sinceramente, sei que sou católico praticante, coisa que não interessa a ninguém mas que eu quero aqui afirmar para que percebam que não vejo a religião como entrave a nada que se relacione com a sexualidade. Sei que na missa alguns padres se fazem de pessoas muito entendidas no que se relaciona à sexualidade e que gostam muito de dizer uma camada de asneiras, alguns, nem todos, mas como em tudo há que ter espírito crítico e inteligência. Não acho que a religião seja ela qual for impeça a sexualidade humana. Há quem alegue que diz isto ou aquilo mas eu não vejo a maioria das coisas que eles afirmam lá estar. Não quero com isto dizer que o cristianismo é mau ou as religiões são más quer apenas dizer que uma coisa não implica a outra, ou seja ser praticante de uma religião não inibe obrigatoriamente as pessoas de terem uma vida sexual em condições.

Há coisa de uma ano e meio aquando da minha ultima relação seria com uma mulher contei-lhe que usava cuecas fio dental e que gostava de experimentar sexo anal que nunca o tinha feito, quer eu a penetrar que posteriormente e quando eu estivesse preparado psicologicamente ser penetrado por ela (pegging em inglês, "fio terra" no Brasil) com um strap on (tema de uma futura postagem). Bem nem vos conto a cara que ela fez quando eu lhe disse isto. Admito que posso ter sido directo demais mas não esperava essa reacção dela muito menos que as coisas ficassem feias entre nós depois disso e que ela me olhasse como um depravado sexual que não batia bem da bola. Desculpem-me mas não vai ser um tabu social que me vai impedir de praticar sexo como eu quero e acho que é o melhor pra mim. Tenho imensas ideias sexuais e fetiches (desejos sexuais, brincadeiras sexuais) como todos e quem disser que não tem só pode ser duas coisas ou uma pessoa com problemas mentais que eu acredito que não os tenha, ou um/a grande mentiroso/a. Vou gostar de experimentar isso não sei. Depois logo se vê mas pretendo experimentar.

Agora perguntas se eu fosse tua amiga dir-me-ias isso??? Sinceramente, pra te ser muito sincero digo-te NUNCA. Pode até ser que um dia diga a uma amiga mas ela tem que ser alguém mais que uma amiga.Tem de partilhar a cama comigo e nisso eu sou exigente pois só partilho a cama com alguém que é mais do que amiga. Não sou pessoa de ir para a cama com a primeira que me apareça pela frente. Respeito-me, respeito o meu corpo a a minha maneira de ser e as minhas convicções. Como tal não o faço. Não quero dizer que quem faz sexo com uma pessoa diferente todas as noites não tenha convicções ou não se respeita mas de certeza que pensa de uma maneira muito diferente da minha.

Podia dizer que usava fio dental, como duas amigas minhas sabem mas só essas e eu sei bastante sobre elas que se elas abrirem a boca eu abro a minha também... Não confio nas pessoas o suficiente pra me abrir assim. Já "levei muito na cabeça" pra ser inocente a ponto de contar que uso butt plugs, que gostaria de amarrar uma mulher e ter sexo com ela amarrada, que gostaria de dar uma palmadas no traseiro de uma mulher como forma de a excitar, ou coisas assim do género. Com a pessoa com quem um dia pretendo partilhar toda a minha vida pretendo não só partilhar como também experimentar senão tudo, pelo menos a maioria destas brincadeiras sexuais sempre com respeito e mutuo acordo, assim como espero que ela me conte as dela e que possamos praticar as dela desde que não interfiram com a minha maneira de ser e que me respeitem como sou.

Quero com isto dizer que eu sou mesmo assim mas que não sou mais inocente de dizer tudo o que penso quando falo com alguém frente a frente pois quem vê caras não vê corações e eu já não confio nem por sombras aquilo que já confiem nas pessoas. Já me magoaram muito e um dia quando tiver uma relação sério com alguém que seja mais do que para ter sexo pretendo revelar mas não sem antes ver até onde essa pessoa pode ir e o que a vai escandalizar...

Uma coisa é falar sobre como a humanidade encara o sexo e violência doméstica (tema de uma próxima postagem) e sobre a roupa de hoje em dia em contraposição com a roupa de antigamente, o aborto, etc., etc., etc. E disso eu falo e ainda ontem ia no carro a falar sobre isso com uma amiga minha que é só amiga. Agora falar sobre coisas como butt plug e isso nem pensar. Sei o que é ser discriminado e não gostei muito da experiência e garante que dificilmente alguém gostará.

Aliás já mais que uma pessoa me pediu para me conhecer pessoalmente ao que eu respondi que primeiro e durante algum tempo teria de falar comigo na net e depois eu logo veria se estava interessado em encontrar-me ou não com essa pessoa. Tal como a felina eu sei o que este mundo pode fazer a uma pessoa que está bem resolvida sexualmente, que sabe o que quer sexualmente e não tem medo daquilo que os outros pensam. Como tal recusa revelar a sua identidade coisa que eu compreendo e apoio. Sabe o que está em jogo e resguarda-se. E eu como todas as pessoas que já passaram por coisas muito desagradáveis na vida aprendi a defender-me.

Sim ao vivo e a cores não tenho outra cara mas também não sou inocente...

Cara rakel*leoah*, e caros restantes leitores espero ter sido suficientemente esclarecedor quanto a este assunto.

PS: Caras HM e som do silêncio peço imensa desculpa se vos ofendi quando disse que "no entanto as pessoas continuam a ter medo de comentar pois agora não podem dizer que nem todos podem comentar." na postagem anterior não foi esse o meu intuito. Tendes toda a razão do mundo no que dizeis no entanto foi um desabafo meu e acho que tenho uma pontinha de razão quando digo que se com 1800 visitas só tive 26 comentários algumas pessoas que cá passam terão vergonha de comentar. Não disse todos ou se disse não quis dizer todos quis apenas dizer alguns.

Abraços e beijinhos para todos